quinta-feira, maio 20, 2010

Para quando o enterro do neo-liberalismo? por Telmo Cunha

Por achar tão interessante este texto publicado no DN Online de 20 de Maio de 2010 e por querer guardá-lo, fiz copy past.

O Neo-liberalismo é uma corrente de pensamento e uma ideologia, acabando por ser uma forma de ver e julgar o mundo social.

Todos temos assistido nos últimos decénios à sua aplicação nos diversos domínios da vida social. O declínio do liberalismo clássico foi vertiginoso a partir de 1929, aquando da quebra da Bolsa de Valores de Nova York. Desde então, ganharam forças, as teorias da intervenção do Estado na economia. O período de pós-guerra até à década de 60, foram os anos de maior desenvolvimento das economias capitalistas.

Depois desta época de forte intervenção estatal, a partir dos anos 80, regressaram em força as correntes liberais. A solução proposta foi a redução do poder do Estado, diminuição generalizada de tributos, privatização das empresas estatais e redução do poder do Estado de fixar preços. Margaret Thatcher destacou-se no espaço europeu, ao abraçar com determinação esta ideologia neo-liberal. Quando saiu do poder os resultados falavam por si, a pobreza infantil havia triplicado, colocando a Inglaterra no último lugar da Europa, relativamente a este índice, ao mesmo tempo que a classe mais alta via subir os seus rendimentos cinco vezes mais que a classe mais baixa, isto é, a desigualdade social aumentou então drasticamente.

A mais recente onda liberalizante teve início com a queda do muro de Berlim, tendo sida fundamentalmente promovida pelo FMI e, os economista liberais, que viam nesta corrente ideológica o remédio para reduzir a pobreza e acelerar o desenvolvimento global.

Pois bem, após todos estes anos de forte implementação destas medidas liberais, as mesmas não reduziram as desigualdades, antes pelo contrário, acentuaram-nas, e a pobreza tem aumentado de forma dramática. A desregulação dos mercados teve como consequência uma maior concentração do poder económico nas mãos de empresas monopolistas, cujo fim é apenas o lucro, não tendo a mínima consideração pelo bem-estar da pessoa humana.

Surpreendentemente, a liberalização do fluxo de capitais financeiros internacionais, que era apontada como um modo seguro de fazer jorrar o dinheiro dos países ricos para os países pobres, não aconteceu, e o que se passou foi precisamente o oposto, os países ricos passaram a receber investimentos dos países em desenvolvimento! Tudo ao contrário daquilo que os “brilhantes crânios” haviam imaginado!

E o que se passa agora com a total desorientação financeira e económica do mundo, diz bem da falência desta ideologia, que apenas se mantém pelos benefícios que dela auferem os homens que dominam o poder político – financeiro a nível global. Como não podia deixar de ser, o nosso país, sem grande expressão e poder, segue as pisadas dos que se encontram no pelotão da frente.

O recente PEC até aos próprios socialistas indignou (ler declarações de Manuel Alegre e Mário Soares, p. exemplo) Para acentuar todo este clima adverso que nos “desgoverna”, o PSD acaba de escolher Passos Coelho, que numa recente entrevista, afirmou o seguinte sobre o problema da droga: “não sei qual é a solução, mas o caminho certo é a sua distribuição pelo Estado”! Quer dizer, este senhor não sabe a solução, mas defende um caminho certo! E fazem assim com todos os problemas sociais, que exigem estudo aprofundado, coragem, discernimento e conhecimento! Estamos a viver, sem sombra de dúvidas, num tempo a que podemos chamar a “era do vazio”, num tempo em que as ideias faliram! O homem, sobretudo o político, o que dirige a sociedade, o que tem responsabilidades acrescidas, é um homem que enveredou decididamente pelo caminho do “facilitismo”, que se demitiu de pensar, de ter coragem para perseguir a verdade! Já o fizeram antes com o Aborto, com o Casamento homossexual, com a descarada mentira da Educação, com a destruição das pequenas e médias empresas, com a uniformização do Pensamento, com a alienação televisiva, a promoção do Consumismo, etc, etc, e vão continuar assim, encaminhando o “rebanho que os segue”, até ao precipício! A liberalização é sobretudo um acto demissionário, de quem não está para tomar decisões, por vezes desagradáveis e impopulares! O “deixa andar”, é mais fácil, popular e ilusório!

domingo, março 28, 2010

Porque é que custa tanto ver as desigualdades ?

Muitas pessoas boas, quando são confrontadas com as desigualdades, não as conseguem enxergar. É pena. Talvez seja o instinto egoísta que as faz ver curto ?

quarta-feira, março 18, 2009

hoje recebi uma oferta especial

sábado, fevereiro 14, 2009

Li hoje uma notícia que fala sobre as mentiras de um conselheiro de Estado cuja vergonha não tem limites neste pós cavaquistão onde quem mais ordena é o chico espertismo e as famílias de sempre.
Tudo indica que o dito cujo não terá outra saída que a demissão, já é tarde e o presidente fica mesmo muito mal neste retrato.

quarta-feira, novembro 12, 2008

Copy past da crónica de Batista Bastos no DN de 121108

Em Fevereiro de 1947, quando, em França, se preparavam eleições, Camus escreveu, no Combat, um texto que assim começava: "Os problemas que há dois anos nos excedem vão cair no mesmo impasse. E, sempre que uma voz livre procurar afirmar, sem pretensões, aquilo que pensa, logo uma matilha de cães de guarda, de todas as cores e feitios, começará a ladrar furiosamente, para abafar o eco dessa voz."

quinta-feira, julho 17, 2008

Continua a querer-se crescimento só para alguns

Já não é a pimeira vez que escrevo sobre esta perspectiva, mas veio agora à mente a ideia e aproveitei estar com o blogue aberto.

Este modelo económico e social que só interessa aos ricos, aos que estão bem, e que por isso mesmo não qerem mudar (viu-se a atitude do G8 no último encontro no Japão)
http://pt.wikipedia.org/wiki/G8#Cr.C3.ADticas_ao_G8
engana vergonhosamente e de má fé milhões de seres humanos.
O crescimento não interessa, o que interessa é a distribuição, o equilibrio.
A minha máxima é a máxima da revolução francesa:
Liberdade, Fraternidade, Igualdade.
Temos que pensar globalmente e agir localmente.

quarta-feira, abril 09, 2008

De que é que os portugueses se queixariam ?

De que é que os portugueses se queixariam se o crescimento económico fosse de dois digitos, se a classe política fosse admirada, se as novelas tivessem qualidade, se os futebolistas fossem campeões do mundo, se o tempo fosse quente no Verão e fresco no Inverno, enfim, se não tivessem razões de queixa, que razõs iriam inventar para as suas eternas "queixinhas" ?

Porque aquilo que os portugueses são, é uns grandes queixinhas...

Vê-se mesmo que nunca estão satisfeitos. Até metem impressão. Aí vai a espontânea e honesta reacção das crianças relativamente às queixinhas dos adultos.